“Juntos, construímos um Parque das Rosas ainda melhor!”
Search

Afinal o que é o pay per use?

O termo no inglês significa “pague para usar”, ou seja, serviços que você escolhe e paga por eles.

Essa nova tendência consiste em oferecer serviços essenciais como limpeza, transporte e arrumação, normalmente presentes nos condomínios residenciais. Quem contrata o serviço paga apenas pelo que utilizar.

Em condomínios da Barra, o pague para usar começou a crescer, principalmente no quesito transporte.

Em entrevista ao nosso site, Marcia Aquino, coordenadora administrativa da associação de moradores da Rua Aroazes explicou que a associação implantou o sistema há 5 anos. “Gerenciamos o serviço. A pessoa faz o cadastro no site da associação. Esse cadastro vai para a empresa de ônibus. Aqui temos moradores associados e não associados, temos preços diferenciados para o associado e o não associado. Dessa forma, cada um escolhe o pacote que melhor lhe atende. Nós temos um pacote com 44 passagens, no qual a pessoa utiliza o mês todo, ida e volta e um com 22 passagens, em que o passageiro opta por só fazer o trajeto de ida ou de volta, o mês todo. O pagamento é feito diretamente com a empresa de ônibus. A carteirinha é virtual. Normalmente, temos uma linha para o Centro e outra para o Jardim Oceânico, mas com a pandemia ficamos apenas com a linha para o Centro. O sistema funciona muito bem e tem dado certo”.

A iniciativa de contratar os serviços de pay per use pode ser do síndico, atendendo a pedidos dos condôminos ou pensando em oferecer maior comodidade. Pode vir como uma sugestão da administradora, ou ainda, moradores que prestam determinados serviços e se colocam à disposição dos vizinhos, passando a atendê-los dentro do condomínio.

Quem administra a operacionalização dos serviços precisa conhecer o que está sendo contratado, como é a empresa, qualidade, idoneidade, etc. Tudo deve ser feito dentro da legalidade e seguindo as normas dos condomínios para a contratação de prestadores de serviços.

Existe um grupo de moradores propondo mudanças no sistema de transportes do Parque das Rosas e adotando o sistema pay per use.

 

 

Maria Terezinha Pereira e Silva (Long Beach) mora há 21 anos no Parque das Rosas e faz parte do grupo que é a favor do pay per use. “Um dos atrativos para a minha vinda pra cá foi o transporte coletivo. Eu trabalhava no Centro e utilizava o transporte diariamente. Quando aposentei passei a trabalhar em casa e parei de usar o ônibus com frequência, apenas em alguma eventualidade. Queria deixar claro. Não somos contra a linha de ônibus, somos a favor do ônibus. O fato de ser muito a favor do ônibus, não me dá o direito de obrigar quem não usa a pagar. Temos um problema de gestão de ônibus. Gostaria de destacar a necessidade de fazer um levantamento de quantas pessoas moram no apartamento e se querem pagar ou não. Eu sempre digo que temos que racionalizar para melhorar, aprimorar para melhorar”.

 

Odilon Andrade, morador do Condomínio Rosa Maior, se diz solidarizar com todos os moradores do prédio onde reside e com todos os moradores dos demais condomínios do Parque das Rosas que entendem, por questão de justiça que o Transporte privado ou terceirizado através de ônibus executivo seja custeado por quem desejar fazer uso desse meio de transporte.

Ex-presidente da AMARosas, Odilon opina que desde “Junho de 1991”  fez questão que ficasse registrado em ata seu voto contra o sistema nos moldes que até hoje é utilizado. “Lembrando que o transporte privativo foi debatido na ocasião porque a Barra da Tijuca era extremamente carente de transporte público! Muitos foram os movimentos populares pela melhor qualidade nos transportes para a região, resultando com a chegada do metrô e dos BRT’s, o que não mais justificava o transporte privativo sobretudo custeado por moradores que não os utiliza”.

 

 

Giuliana Travalloni, moradora do California Park mora no Parque das Rosas desde 1992. “Chegamos num ponto do nosso sistema de transporte que precisamos receber melhor as informações e permitir participação tanto dos usuários quanto dos contribuintes. Na minha opinião, eles deveriam fazer uma interação maior com os condôminos. De 92 pra cá a Barra cresceu muito, ao longo do tempo o cenário mudou muito e o modelo de transporte parou nos anos 90. De la pra cá apareceram sistemas nas gestões condominiais mais modernos, como esse do pay per use, no qual utiliza-se de uma cobrança individualizada e, que faz com que a cota condominial seja mais compatível com um formato de gestão mais eficiente, em termo de custo-benefício. E a pandemia acelerou uma série de mudanças em termos de cotidiano, de empresa. Com a pandemia o número de usuários diminuiu significativamente. Precisamos sentar, discutir as mudanças que ocorreram e ampliar a discussão para uma força tarefa. Existem várias pessoas dispostas a ajudar”.

Segundo dados  levantados pelo grupo de moradores a favor do pay per use: 46% dos apartamentos do Parque das Rosas não usam os ônibus (ref. Ano 2019);  74% das passagens adquiridas não são utilizadas (ref. Ano 2019); Houve recente aumento de ociosidade (ref. Jan-Abr 2020); A demanda por transporte tende a cair no pós-pandemia, devido ao home-office (previsão); Pagamento mensal pelo sistema atual R$ 849.000 (ref. Fev/20) e o contrato atual será renovado por 5 anos agora em dezembro (previsão).

 

Fabricio Torres, subsíndico do Rosa Viva mora há 7 anos aqui. “Em 7 anos conto na mão as vezes que utilizei o ônibus. O sistema é perfeito, os ônibus são ótimos, mas o problema é o superdimensionamento no quadro de horários. Não tem tanta necessidade de tantos ônibus. Tem pessoas que não usam o ônibus. Não tem necessidade de tantos ônibus pro Centro, fizemos um quadro de quadro viagens de manhã cedo e quatro voltando e nesse meio tempo, eles circulariam pela Barra levando para o metrô e shoppings. Minha ideia é um sistema enxuto, mais justo”.

 

 

 

O site da AMARosas fez contato com todos os síndicos do Parque das Rosas e com a atual coordenação da comissão de transporte, em busca de uma opinião a respeito das mudanças sugeridas por alguns moradores, porém nem todos responderam as nossas questões.

Paulo Nabuco, coordenador da comissão de transportes esclareceu que acredita que todas as sugestões de melhoria sempre são bem vindas em qualquer área de nossas vidas. “Desde 2016 o Sistema de Transportes vem sendo alterado para aprimoramento da sua relação custo x benefício. Para serem válidas e efetivas as sugestões devem ser propostas de forma estruturada, ou seja, o que se propõe, como operacionalizar e demais informações que permitam sua avaliação, bem como tramitar pelos canais competentes de forma a garantir a representatividade”.

Renato da Silva e Silva, síndico do Califórnia Park,  ressaltou que entende entendo que como síndico deve representar a vontade da maioria e justo, por isso, o poder de decidir o rumo de um novo modelo do sistema de  transportes e formato da forma de rateio será atribuído a uma Assembleia oportunamente. “O resultado da pesquisa, a despeito dos percentuais relativos  aos que usam e não usam o transporte bem como aos omissos não permite a tomada de uma decisão à revelia de uma AGE da mesma forma como há mais de 25 anos foi a razão de ser do condominio ter aderido ao contrato. O cenário dos transportes na Barra da Tijuca bem como da  economia doméstica foi muito alterado portanto sou da opinião de que a consulta numa AGE deve ser usada como marco desta decisão.

Vander Botelho, síndico do Liberty Place acrescentou que sua opinião, como condômino, seria manter o transporte com pagamento por quem usa ou Pay per use

Rodrigo França, síndico do Rosa Viva indicou que como representante da coletividade respeitará a decisão que for tomada pela assembleia e fazer cumprir. “Como condômino, entendo ser um momento adequado por todas as mudanças que a pandemia nos trouxe”.

Marco Lopes, síndico do Varanda das Rosas destaca que acha o sistema de transporte atual do condomínio muito seguro e eficaz. “Ele tem ajudado muito os moradores”.

Outras associações de moradores da Barra e Jacarepaguá falaram sobre o seu atual sistema de transportes. Diretor- geral da ASCIJA, Associação de Moradores e Amigos do Cidade Jardim, Fernando Milanez explicou que o serviço de ônibus do Cidade Jardim é complementar ao sistema público de transportes e levar os moradores aos principais centros de interesse, como shoppings, centros médicos, condomínios comerciais, e principalmente, ao metrô. Há também um serviço de transporte com um ônibus especialmente projetado, com apoios para bicicletas e pranchas, que tem uma parada em um píer para travessia de balsa para a Praia da Reserva nos finais de semana, e que também percorre a praia da Barra de segunda a sexta, até o metrô, sendo mais uma alternativa para os moradores.

“A pandemia afetou o número de passageiros, mas nós estamos voltando gradualmente ao número anterior de viagens, conforme a demanda aumenta, pois estamos também tentando manter o distanciamento social usando até metade da ocupação total dos ônibus executivos. O condomínio começou com todos estes serviços implantados. E a taxa é bem baixa perto dos benefícios diretos e indiretos. Assim, sim, todos pagam uma taxa mensal que inclui todos os serviços, como jardinagem, limpeza, vigilância, combate a mosquitos, manutenção das benfeitorias e transporte. O conjunto todo valoriza os imóveis. Nós fazemos a grade, de acordo com nossa necessidade e disponibilidade de veículos em contrato. Por estarmos fazendo isso há anos, pegamos experiência em montar a grade e usar o GPS dos ônibus para sabermos exatamente em quanto tempo cada viagem está sendo feita, para não termos ônibus parados (subutilização), ou viagens perdidas (por retenção no trânsito). Então a grade funciona 99% das vezes. Só dá problema quando o trânsito para de uma forma que aí sim, há atrasos”.

Afonso Chaves é presidente da Associação Bosque Marapendi e esclarece que na ABM são 6.300 unidades habitacionaise 23 ônibus fretados. “O valor da contratação dos ônibus são divididos pelo número de unidades de cada condomínio, e cada condomínio paga diretamente a empresa de transporte, o contrato é feito com cada condomínio, a ABM gerência o transporte para os condomínios”.

O presidente da AMARosas, Cleo Pagliosa, esclareceu que o intuito da matéria é atender a solicitação de um grupo de moradores, conforme ofício enviado para a associação. “Providenciamos em nossos canais de comunicação, entrevistar diversos segmentos interessados no assunto ‘TRANSPORTE NO PARQUE DAS ROSAS’. Nosso objetivo, é  dar transparência as diversas opiniões a respeito, procurando ouvir os síndicos, moradores, coordenação de transportes, além de outros condomínios que façam uso do sistema de transporte privado.
Acreditamos que desta forma podemos contribuir com o morador do Parque das Rosas, com total isenção e neutralidade de opinião”.

 

CADASTRE SEU EMAIL E FIQUE POR DENTRO DO PORTAL

[forminator_form id="18924"]