Decepção é a palavra mais acertada para resumir o que aconteceu na Câmara Comunitária da Barra da Tijuca no dia 06 de Abril. O encontro foi convocado pela Câmara para que a IGUÁ apresentasse seu cronograma e plano de metas e não foi o que aconteceu.
Com a casa cheia, moradores e representantes da sociedade civil ouviram mais do mesmo e se decepcionaram com o conteúdo apresentado pela Diretora de Engenharia da Iguá Saneamento, Paula Violante e a fala do presidente da concessionária, Eduardo Dantas.
“Ela não disse nada além do que já sabíamos. Ficamos decepcionados”, Delair Dumbrosck, presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca. Ele ainda reforçou que todo o problema é que sempre a população paga por todos esses problemas, falta providência governamental. “A IGUÁ falhou e desligou um equipamento que na nossa concepção funcionava. Chegar agora depois que pagamos por 15 anos uma conta milionária é fácil, onde foi parar esse dinheiro. O valor de 250 milhões é pouco. Onde vai parar o esgoto de quatrocentas mil pessoas que era tratado pela UTR. A IGUÁ não vai conseguir dragar por menos de um bilhãoe duzentos. Nós não vamos fazer gestão da Iguá. Ouvimos história que a ETE funcionará com gradeamento e é dever do ministério público cobrar e averiguar essa questão. Nós pagamos uma conta de esgoto, temos que ser ouvidos. Em todos esses anos de operação da CEDAE brigamos muito. Não vamos deixar incutir nenhum valor adicional para a dragagem na nossa conta. As Lagoas não são um patrimônio apenas da Barra, mas da cidade e vamos lutar por elas”.
“Infelizmente o que a Iguá nos apresentou é confuso e nada objetivo. Queremos um projeto eficiente e com o cronograma da obra e que deverá ser discutido com a sociedade.
A UTR do Arroio Fundo foi desmontada alegando que era ineficiente. Para onde vai o esgoto de 400 mil pessoas que era tratada pela UTR? A Iguá assumiu com o compromisso de limpar as lagoas, e no primeiro ato, fez exatamente o contrário. A sociedade não pode se calar”, complementou Cléo Pagliosa, presidente da AMARosas.
Odilon Andrade, perguntou aos representantes dos MPF e Estadual se a operação com coletores de Tempo Seco não contrariava as Leis, Federal, Estadual e, também a Lei Orgânica do Município visto que a Iguá usará desse artifício, devidamente resguardados pelo contrato de concessão.