Mais uma vez a Câmara Comunitária da Barra recebeu a Secretaria de Meio Ambiente para esclarecer alguns questionamentos a respeito da revitalização do Canal de Marapendi, iniciada em setembro. Em outubro, aconteceu a primeira reunião, que marcou a inauguração do projeto. De la pra cá muitas dúvidas e questionamentos por parte dos moradores vieram a tona. Diante de tantos questionamentos, na noite de ontem, o Engenheiro Florestal, da Biovert, empresa responsável pela execução do projeto, Marcelo de Carvalho veio até a Câmara no intuito de esclarecer o processo.
À mesa, Luiz Edmundo (CCBT) e Cleo Pagliosa (AMAROsas), Cristina Queiroga (SOS Lagoas), Marcelo de Carvalho (Biovert), Jeferson Pecin (Engenheiro Florestal da Secretaria de Meio Ambiente) e Márcia Costa (Diretora do Centro de Educação Ambiental da Secretaria).
“O objetivo principal é de revitalizar o local substituindo a flora exótica invasora por vegetação nativa. Esse trabalho de substituição de exóticas, cabe ressaltar, é uma diretriz do Plano Diretor de Arborização Urbana da Cidade do Rio de Janeiro”, destacou Marcelo.
A primeira fase iniciada foi o inventário de flora, e fauna nas margens do canal. Na reunião, a Biovert apresentou que das mais de 4 mil árvores encontradas na região, 74% são exóticas, desses: 46% são leucenas, 12% amendoeiras e 2% figueiras. Os outros 21% são espécies nativas.
De posse dos registros, a Biovert realizará um relatório a ser entregue ao órgão ambiental, permitindo que, com base nesse diagnóstico, possam se definir as ações que serão desenvolvidas, com detalhamento das espécies exóticas invasoras que serão substituídas por espécies nativas.A partir de agora será feito o recolhimento do lixo, a retirada de galhos e troncos secos, a retirada da vegetação invasora e uma poda para a ventilação e entrada de luz solar. Estas ações se sucederão até o fim de março. Em seguida, a empresa terá condições de mapear as invasoras que poderão ser substituídas. Antes da substituição será marcada uma nova reunião com a população.
O que incomoda os moradores é o corte das árvores e nesse sentido, a Prefeitura, por meio do Engenheiro Florestal da Secretaria do Meio Ambiente, admitiu que não tomará nenhuma decisão, sem antes haver um diálogo com a população local. Para isso, serão marcadas novas reuniões para esclarecer dúvidas da população e definir os próximos passos do processo.