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Lagoas da Barra da Tijuca são tomadas por bactérias tóxicas: Iguá descontinua UTR

Aconteceu na do dia 24 de fevereiro, na Câmara Comunitária da Barra da Tijuca a reunião sobre helicópteros, saneamento das lagoas e o desmonte da UTR do Arroio Fundo. Foram discutidas as consequências ambientais nos próximos anos. As lagoas cheiram mal, ocorre Boom de algas cianoficias, existe uma grande mortandade de peixes e chega uma enorme quantidade de lixo e gigogas nas praias e nas margens das lagoas. Sem falar no assoreamento com manchas de afloramento pantanoso. Não podemos deixar que esse desmonte se concretizar.

Preocupada com a questão a diretoria da AMARosas participou da reunião. “Esta é uma luta que não podemos deixar de participar, pois dela depende o futuro da região. Havia um compromisso de construir 5 UTRs na região, fizeram somente uma, e agora desligaram com promessa de desmontar. Em vez de corrigir o dano ambiental, vão poluir ainda mais, esclareceu o presidente da AMARosas, Cleo Pagliosa.

Aqui cabe um histórico do que vem acontecendo no último mês. A Iguá é a responsável desde 7 de fevereiro pela distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto nos bairros da Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Anil, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Pechincha, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e imediações.

“Até ontem a prefeitura reclamava que vinha custo de 10 milhões por ano para operar a estação, hoje a IGUÁ diz que é ineficaz. Na nossa concepção a obrigação é da operadora sanear e não poluir mais o sistema lagunar”, afirma Delair Dumbrosck, presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca.

“Pensem e abram os olhos. Teremos sérias consequências ambientais nos próximos anos com a descontinuidade da UTR. O desligamento da UTR vai representar milhares de litros de esgoto bruto nas lagoas, vindos através do Arroio Fundo que atinge mais de 400.000 pessoas. Essa decisão é um retrocesso no processo de saneamento que a mais de 40 anos espera por uma decisão definitiva”, destacou o vice-presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, David Zee.

Mostrado o ponto de vista da Câmara Comunitária e feito o alerta, os presentes pediram a realização de uma segunda reunião com a presença da IGUÁ, mas concordaram que para realizar o desligamento da unidade, seria necessário apresentar outra perspectiva de tratamento, o que não foi o caso.

O segundo assunto da pauta e de interesse da população era o sobrevoo dos helicópteros e sobre isso, Delair pontuou que ainda não há uma solução. “Houve reunião com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e uma audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar do assunto. A Petrobras contratou uma empresa para fazer medição sonora em alguns pontos da Barra, mas ainda nenhuma resposta foi repassada”.

O assunto precisará ser tratado em outras ocasiões para chegar a um consenso favorável. Informaremos, em breve, as novas tratativas e possíveis reuniões para discutirmos o assunto”.

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